A história de golpes ou tentativas de golpes no Brasil mantém nexo próximo, como fato e em suas datas. Quiçá com personagens e alguns de ser herdeiros de fato e\ou políticos.
Os 60 anos do golpe militar-empresarial-midiático de 31 de março de 1964 (que, à bem da verdade, foi em 1º de abril daquele ano) possui, assim, um nexo inconteste com a tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023; o primeiro como tragédia, o segundo como farsa.
Por isso, o Colégio Brasileiro de Ciências Esporte vem registrar que o cumprimento desse terrível momento da história brasileira, marcado pela ação golpista das classes dominantes brasileiras e forâneas, pela tortura, pelo desaparecimento e morte de pessoas, exílios, perseguições em seus espaços de trabalhos sejam sempre lembrados. Recordar, rememorar não é perdoar. Ainda mais que saudosos do golpe de 1964, incluindo torturadores, assassinos e golpistas modernos de toda ordem, seguem impunes.
É comum a menção a uma suposta valorização da Educação Física nesse terrível momento histórico. Cumpre registrar ser isso impossível em função do projeto antipopular, antidemocrático e contrários aos interesses da maioria da população. A EF só é valorizada onde exista ampliação do alcance da educação pública, da saúde pública, dos espaços públicos de esporte e lazer nas cidades. Qualquer ditadura necessita de pão e circo. No caso brasileiro, faltou o pão, face aos dados terríveis de condições de vida em geral entre 1964 e 1985.
Nosso compromisso é estar sempre ao lado e junto com a democracia, custe o que custar. Com suas falhas, ainda é a melhor forma de organização societária moderna.
E por esse compromisso, registramos: Ditadura Nunca Mais!